domingo, 26 de agosto de 2007

Depoimento de um pai :: JP

Meu nome é JP, tenho xx anos, divorciado, atualmente noivo, com vida, residência e empregos estáveis. Do meu casamento de 5 anos, nasceu minha filha, atualmente com 4 anos. Desde o nascimento de minha filha até minha separação (fui eu quem decidiu pelo divórcio) encontrei muita resistência por parte da avó materna em relação ao meu contato com minha filha. Começou na escolha do nome. Seria x, mas próximo ao nascimento resolvemos que seria somente y. Ao saber disso, disse que nunca chamaria minha filha por esse nome, somente por x. Quando me separei, ela não deixava, de forma alguma, que minha filha pernoitasse em minha residência. Coisa que eu só consegui com o divórcio e o direito de visitação, como os Srs. sabem, um pernoite a cada 15 dias.

Tudo corria completamente bem, dentro do esperado, quando, no dia 11 do último junho, por volta de 22h, um policial civil chegou à minha residência solicitando que eu comparecesse imediatamente à delegacia. Completamente atônito sem fazer idéia do que se tratava, me vesti e fui com meu carro ao distrito. Chegando lá, meu mundo desabou. Fui informado que era acusado pelo art. 214 do código penal, atentado violento ao pudor, contra MINHA PRÓPRIA FILHA.

Segundo o inspetor, minha ex e sua mãe, acompanhadas da madrinha da y e da mesma, compareceram à delegacia, no qual minha filha contou que eu “passava a lingüinha” em suas genitálias. Eu sempre soube que a avó nutria uma antipatia imensa por mim, mas nunca imaginei que chegasse a tal ponto.

Os Srs. não me conhecem e não têm motivos para acreditar em minha inocência. Mas EU sei que sou uma pessoa correta, que seria incapaz de tal ato contra qualquer criança, quiçá de minha própria filha, meu sangue. Ainda tive outro choque ao saber que minha filha foi submetida ao exame de corpo de delito, feito no IML. Me tomou um sentimento de revolta saber que aquela criança inocente foi levada até aquele lugar fétido e imundo por causa de uma inconseqüência da avó.

Dois dias após saber disso, fui contratado pela minha nova empresa, estava passando por um processo de seleção até então. Só fui ao trabalho porque era uma ótima oportunidade para mim e não poderia perdê-la. Mas foi muito difícil. Um sentimento enorme de depressão me dominou, perdi a vontade de fazer tudo, parei meu curso de inglês, não conseguia olhar para a minha noiva, tinha medo de crianças na rua, entre outros males. Na maioria das noites, tive que apelar ao álcool para conseguir dormir. Não entrava na minha cabeça que elas fossem capazes de tamanha baixaria. A bem da verdade, achei que elas seriam capazes de fazer tudo para me prejudicar, mas nunca expondo a criança a isso.

Temos um advogado que é amigo da família. Ao saber do caso, ele “tirou o corpo fora” pois não era criminalista. Fui orientado a procurar um profissional da área. Mais um choque ao saber o preço que gastaria para provar minha inocência. Me vi em outro dilema. Tive de convencer um parente, a vender um imóvel que ele ficou pagando por 20 anos, para poder bancar os custos com advogados. Algo que, graças a Deus, tive sucesso.

Hoje estou me recuperando. Já não preciso mais recorrer ao álcool, vejo as coisas com mais clareza. Estou, óbvio, sem ver minha filha desde então. Como a maioria dos Srs., não pude passar o dia dos pais com ela e, sinceramente, se soubesse deste movimento antes disso, estaria lá em Copa. Encontrei apoio de todos com quem comentei o assunto. Amigos, família, etc, pois todos sabem da minha conduta e de meu caráter. O resultado do exame já saiu e obviamente deu negativo. Ao saberem da notícia, elas desejaram retirar a acusação e mudar a idéia da menina em relação ao depoimento. Ora, se a criança falou o que falou por si só, para que retirar isso de sua cabeça se há quase a certeza de que ela foi realmente abusada? Isso prova que ela foi induzida a falar tal monstruosidade. Quando viram que não teriam provas quanto a isso, resolveram recuar.

Outro fato, logo após registrar a queixa, solicitaram o desarquivamento do processo de divórcio a fim de alterar o direito de visitação. Mais uma prova de que a asneira que fizeram teria só o intuito de que eu não visse mais minha filha. Pelas palavras delas (a empregada que trabalha na casa de z costuma comentar o que acontece) elas não sabiam que tal ato tomaria tamanha proporção.

Sou o mais interessado que isso seja devidamente apurado. Não somente a minha absoluta inocência mas o que, ou quem, fez com que minha filha falasse aquilo. Quero levar este processo até o fim e exigir a punição de quem me prejudicou e minha filha também.

Um comentário:

Anônimo disse...

Já passei por algo semelhante, somente os amigos(as) mais intímos entendem o "REAL NOJO" que tenho pela mãe e avó materna de minha filha, que hoje esta com 9 anos. A palavra coreta foi NOJO mesmo. Minha filha esta crescendo e comigo temos a transparência, confiança e a verdade como modo de vida, e a verdade que a mãe dela
não faz parte de minha vida em nada, tanto que a distância aumenta diariamente de uma forma avassaladora, porém como se trata de uma pessoa dissimulada, ou ainda não caíu na real ou realmente ainda tenta jogar. Usar criança nestas "jogatinas sujas" é algo para mim sem volta, qualquer covardia com criança tem que ser visto como crime grave, acorda justiça, existem mães reais e mães que se fazem de mães.
HILLUX