segunda-feira, 26 de abril de 2010

Dia Mundial de Conscientização sobre a Alienação Parental

























Pela primeira vez, o Brasil se juntou à Portugal, Espanha, Chile, Argentina, México, EUA,Suíça, Austrália e Canadá nas mobilizações do Dia Mundial de Luta Contra a Alienação Parental. Em Bragança Paulista (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS), dezenas de pessoas se juntaram para um trabalho de conscientização da população sobre um problema que, muitas vezes, passa despercebido pela sociedade.

As mobilizações registraram vários momentos de grande emoção. "Uma garota que estava passando com a mãe leu o panfleto e disse: tá vendo, é isso que você fez comigo", conta Guto Caminha, representante do Pais Por Justiça em Porto Alegre. "Eu não resisti e chorei na hora". Mãe de uma adolescente, D.C., não conteve as lágrimas ao lembrar do árduo trabalho de resgate da convivência que tem tido com relação à filha alienada. "Cada dia é uma conquista. Estes dias ela dormiu lá em casa. Mas eu perdi muita coisa", avalia ela, que ajudou na distribuição dos panfletos na Praia de Copacabana (RJ).

A alienação parental é uma forma de abuso emocional que as famílias por todo o mundo, após a separação de um casal. O termo surgiu em 1985, nos trabalhos e pesquisas do psiquiatra norte-americano Richard Gardner. E é caracterizada pelo uso dos filhos como instrumento de manipulação e agressão contra um de seus pais ou sua família, promovendo o seu afastamento físico e emocional.

Nem a chuva impediu que os gaúchos fizessem a maior manifestação do país sobre alienação parental em Porto Alegre (RS), local onde mora o senador Paulo Paim, que é o atual relator do projeto de lei que propõem medidas para coibir os atos de alienação e proteger crianças e adolescentes desse abuso.

Foram distribuídos 5000 panfletos com informações sobre como identificar e se defender da alienação parental. Mais de 22 mil pessoas participaram (estimativa de público da prefeitura municipal de Porto Alegre). De acordo com Sergio Moura, um dos organizadores, o evento registrou mais de 100 presenças ilustres, com a participação de juízes, psicólogos, médicos, da deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas, além de representantes da deputada Maria do Rosário e do senador Paulo Paim. E nem quem fugiu de Porto Alegre no feriado 'escapou' do alerta: uma faixa foi colocada em destaque na Estrada do Mar, acesso da maioria das praias do estado. A Associação Criança Feliz também marcou presença em Brasília, com o trabalho de panfletagem na Praça dos Três Poderes.

O sucesso da manifestação levou às associações que a organizaram - Associação Gaúcha Criança Feliz, APASE e Pais por Justiça - a decidir promover mobilizações semelhantes mensalmente. E a rádio Ivoti vai ter um programa semanal sobre alienação parental. Também vai prosseguir o trabalho de conscientização dos conselhos tutelares, varas de famílias e escolas.

No Rio de Janeiro, nem os estrangeiros escaparam do trabalho de conscientização sobre alienação parental e a guarda compartilhada. Das 10h às 14h, quem passou pelo Posto 2 da Praia de Copacabana, um dos cartões postais da cidade, recebeu as cartilhas e orientações.

Na cidade paulista de Bragança Paulista, o organizador do evento, Marcelo Tufani, teve de se desdobrar das 10h às 18h, entre uma maratona de entrega de panfletos e atendimento ao público. Além das entrevistas para a TV Mantiqueira e para o Band Cidade e da chamada na Coluna do Sadan do Bragança Jornal Diário, usou até o microfone da Igreja da Matriz para explicar a importância da conscientização da alienação parental. A mensagem, aliás, podia ser vista à distância. No cartão postal da cidade, o Lago Taboão, um outdoor alertava sobre a alienação parental. O evento foi noticiado pelo jornal Zero Hora, TV Com, Rádio Gaúcha, Rádio Caxias do Sul, Rádio Ivoti e TV Bandeirantes. Um telão exibiu o documentário A Morte Inventada.

Um comentário:

Pedro disse...

Aqui em Portugal, nomeadamente na cidade de Coimbra, os numeros eram mais pequeninos, mas penso que a acção correu muito bem, o meu espirito é o de ajudar a causa, continuarei a lutar, porque os nossos filhos são a nossa razão de viver