quarta-feira, 27 de abril de 2011

ENTIDADE COMEMORA DIA CONTRA ALIENAÇÃO PARENTAL

Comemorado ontem o Dia Internacional contra a Alienação Parental, prática nociva contra crianças e adolescentes que tem aumentado cada vez mais entre as famílias de pais separados.

O termo é referente à situação em que a mãe ou o pai de uma criança a treina para romper os laços afetivos com o outro cônjuge, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor.

De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Família de Uberaba (IBDFAM), Roberto Lins Marques, a maioria das crianças que enfrenta o problema sofre de distúrbios psicológicos e não recupera do trauma, que é altamente danoso. "Existem relatos de pais que perderam a guarda dos filhos quando foi constatada alienação parental."

Um homem que não quis se identificar tem passado pelo problema. Separado há quase 2 anos, tem um filho de 4 anos. A mãe da criança fica ligando no telefone do ex-marido para ofendê-lo perto do filho, que ouve ela dizer, constantemente, que o pai não gosta e não quer ficar com ele.

Marques explica que o brasileiro tem a cultura de que o filho é criado pela mãe, mas isso não tem respaldo algum. A Justiça sabe que a criança precisa de pai e mãe e, nesse caso, a situação deve ser analisada para o bem-estar do filho.

O presidente ressalta que cabe ao advogado, ao primeiro sinal do problema, orientar o cliente e evitar que o mesmo transforme o filho em uma vítima dessa síndrome. O Instituto tem objetivo de mudar esse paradigma para que o profissional de Direito se torne uma barreira, resguardando as crianças.

Sancionada em agosto de 2010, a Lei da Alienação Parental prevê medidas que vão desde o acompanhamento psicológico até a aplicação de multa, ou mesmo a perda da guarda da criança a pais que estiverem alienando os filhos.

Transcrito do site do IBDFAM, 26/04/2011 | Fonte: Jornal da Manhã (Uberaba-MG)

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